sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ao invés de falar do Riva, reforçando denúncia de jornalões, ou dos desmandos da Era Maggi em MT, Pedro Taques estréia chamando Cessare Batisti de 'criminoso' e, quem sabe, adiantando voto de Gilmar Mendes sobre extradição do militante que Brasil acolheu

É grande a expectativa em torno da atuação do ex-procurador da República, José Pedro Taques no Senado Federal.

Eu e muitos matogrossenses votamos nele esperando uma devassa, na tribuna do Senado, dos bastidores putrefatos da política, do Judiciário e do Executivo de Mato Grosso. Mas parece que Mato Grosso ficou para o "pequeno grande homem".

Pela primeira mostra, ficou-me a impressão de que, tentando demonstrar ousadia e independencia estilistica, o nosso novo senador só conseguiu pontificar como uma espécie de Jair Bolsonaro pantaneiro. Ainda sem babar na gravata.

É que Pedro Taques foi para a tribuna discordar do constitucionalista Celso Bandeira de Mello e outros grandes juristas e gritar contra o senador Eduardo Suplicy que o italiano Cessare Batisti é um 'criminoso' que precisa ser imediatamente extraditado para a Itália.

Será que o Pedro "Bolsonaro" Taques conhece mais o processo do Battisti do que os infinitos processos do Riva, que ele andou muito tempo caçando, ao lado de Mauro Zaque e outros promotores de Justiça, aqui em Mato Grosso? Por isso resolveu dar seus primeiros tiros contra a esquerda armada italiana? Ou terá sido, simplesmente, o nosso Pedro emprenhado pelas leituras enviesadas que fez desse caso tão complexo?

(Pagina do E)

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