sábado, 7 de abril de 2012


VAI FALTAR "CELAS ESPECIAIS" EM MATO GROSSO
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MPF, PF e Justiça Federal nos calcanhares de Chico Galindo (e asseclas), Silval Barbosa, empresários e secretários de Estado


Uma BOMBA de proporções indimensionáveis está prestes a explodir no solo mato-grossense, envolvendo ação do Ministério Público Federal, Justiça Federal e Polícia Federal, segundo fonte do Cacetão Cuiabano, por conta de relações "proibidas" por parte de expressivas autoridades regionais, entre elas o governador Silval Barbosa, prefeito Chico Galindo e quatro secretários de Estado com a Delta, empresa de múltriplas facetas e entranhadas nos poderes de 21 estados da Federação, que de acordo com investigações a cabo da Polícia Federal integra o comando de um cartel (organização criminosa), tendo na linha frente as atuações do contraventor Carlinhos Cachoeira e do ex-presidente nacional do PT e deputado federal cassado, José Dirceu.

Segundo fonte do Cacetão Cuiabano, em Mato Grosso, no Governo Silval Barbosa, a Polícia Federal, mediante escutas telefônicas autorizadas pela Justiça descobriu um profundo elo de ligação entre a Delta Construções, suas subsidiárias e braços (coleta de lixo, locadora de veículos, etc) com construtoras "vencedoras" de 90 por cento das licitações para obras obras e serviços no Estado. Na verdade, de fato, ou empresas de fachada, desconhecidas no País, com sede em outros estados da Federação, juridicamente criadas e atuando a serviço da Delta para "legalizar" pregões e licitações nos diversos setores da gestão Silval Barbosa. Usando ainda (de forma bem remunerada) conhecidas empresas regionais para dar um tom de credibilidade e não discriminação aos certames. O forte tem sido asfaltamento de MTs (rodovias sob gestão de Barbosa) no interior do Estado. Segundo escutas da PF, antes das licitações, das aberturas dos envelopes, reuniões são consumadas na Capital, em condomínios luxuosos ou fazendas estrategicamente localizadas na Baixa Cuiabana, para "sacramentação" do nome vencedor do pleito. Uma de cada vez pra não levantar supeitas. E quase sempre as mesmas, participando ativamente das licitações. Mais grave ainda: de acordo com depoimento colhido pelo Ministério Público Federal, e ainda não "vasado" para imprensa, um ex-secretário de Estado revelou, em detalhes (de olho nos benefícios da delação premiada) como se deu a formação de farto CAIXA II usado na campanha de 2010 para reeleger Silval Barbosa ao Governo de MT e sacramentar a vitória de Blairo Maggi ao Senado, pelo PR. No listão, Delta e "afiliadas", que também, de forma menos contundente (apostando no imprevisto!), e conforme dados aputados pelo MPF, investiram nas campanhas de Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB).

Fora obras de asfaltamento e recapeamento das Mts, as investigações levaram a outros setores envolvendo recursos federais, tais como obras do PAC (esgoto, saneamento e pavimentação de ruas), construção de residenciais do programa "Minha Casa , Minha Vida" e locação de veículos para órgãos ligados ao Governo MT. Foram r$ 23.517.318,23 com contratos com locação de carros, para casa civil, gabinete do governador, vice governadoria, segurança pública e outras pastas do governo, incluindo a Secom, de 2010 a 2011. No Detran MT, sob gestão Teodoro Lopes, a sujeira também não deixa de ser grande, totalizando R$ 12,8 milhões em contratos assinados desde sua posse, ainda no Governo Maggi.

As investigações que chegaram a Chico Galindo e Silval Barbosa tiveram início em maio de 2011 com o nome de Operação Apate. O objetivo foi combater um esquema de fraudes contra a Receita Federal nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Pará e Minas Gerais. No caso MT, a escutas detectaram preocupação de representantes da "organização" em fazer com que o governador reeleito cumprisse acordos consumados ainda em 2010, durante o período eleitoral. Nas conversas gravadas, segundo fonte do Cacetão Cuiabano, representantes do grupo na região Centro Oeste (em contato telefônico com secretários e empresários ligados ao governante) se queixam da demora na definição de licitações para obras no Estado, lembrando os elevados valores repassados ao CAIXA II da campanha. Numa delas, um interlocutor da Delta chega a ironizar a situação, em conversa com um diretor da Construtora Três Irmãos, se referindo de forma cifrada ao fato das doações de campanha terem sido feitas para o Caixa II, codificando VACAS como sendo quantias doadas, EXPORTAÇÃO para prestações de contas ao TRE-MT e CHEFE, no caso, o governador eleito Silval Barbosa: "Como nossas VACAS não constam em meio as legalizadas para EXPORTAÇÃO, se quizerem sacanear, nem temos como provar ou cobrar nada do CHEFE DA MANADA... Veja a ironia da situação!". Diz trecho da escuta.

No tocante ao prefeito Chico Galindo, não menos assustadora é situação: a Delta abocanhou o serviço de coletas de lixo da Capital por um contrato "oficial" de R$ 15,4 milhões. Segundo investigações, nada mais fez que substituir uma outra empresa ligada ao grupo, a Qualix, também envolvida em escandâlos em todo o Brasil, sempre "disputando" concorrência do setor com sua "co-irmã". Em Cuiabá, conforme depoimento de servidores, seu ato primordial foi "repintar" os caminhões de lixo e recontratar os mesmos funcionários. E mais: ao ganhar a licitação para execução do Programa Poeira Zero na Capital, orçado inicialmente em R$ 60 milhões, com supostos recursos do IPTU (na verdade, conforme investigações da PF, o prefeito estaria usando parte de verbas federais, de programas vinculados às receitas da União para dar sequência ao "escoadouro" - tudo bem feitinho! - na certeza de que o sucessor seja responsabilizado pelos "furos" ), a Delta e Chico Galindo estipularam um preço de R$ 510 mil por km asfaltado (para asfaltar 160 km) de ruas. Confiante na impunidade e "desmemorialização" da imprensa, povo, vereadores e autoridades em geral, o tal "POEIRA ZERO", segundo novos cálculos e propaganda do prefeito na TV, para os mesmos 160 KM "gastará" até o final do seu mandato R$ 220 milhões. E não R$ 60 milhões ou no máximo R$ 80 milhões, conforme anunciado pouco depois do início da execução das obras.

Outra "coincidência" constatada por investigações da PF: Com raras mudanças de nomes (entrando empresas que ninguém nunca viu, não sabe onde fica ou de onde saiu), nas principais concorrências públicas do Governo de MT, Prefeitura de Cuiabá e prefeituras do interior de MT, lá estão elas, as mesmas de sempre, com seus preços PARECIDÍSSIMOS. Só para disfarçar...

Poeira Zero
PREFEITURA DE CUIABÁ (Vencedora DELTA)


1 - Agrimat – Engenharia Indústria Comércio /Várzea Grande – MT
2 - Cavalca – Construções e Mineração/São Miguel do Iguaçu – PR
3 - Delta Construções/Rio de Janeiro – TJ
4 - JM - Terraplanagem e Construções/Brasília – Distrito Federal
5 - GAE – Construção e Comércio/Goiânia – GO
6 - Três Irmãos Engenharia/Cuiabá – MT
7 - Petrobras Distribuidora/Rio de Janeiro – RJ
8 - Base Dupla – Serviços e Construções/Cuiabá - MT


Duplicação da Mário Andeazza
GOVERNO DO ESTADO (Vencedora AGRIMAT)


Agrimat Engenharia – R$ 22.003.978,55

Três Irmãos Engenharia – R$ 22.259.901,54

Constral Construtora – R$ 22.298.590,03

JM Terraplanagem – R$ 22.475.263,62

Delta Construções – R$ 22.477.281,78

Tamasa Engenharia – R$ 22.489.537,53

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